Cerca de 6% dos cartões ativos possuem créditos que podem perder a validade
Os créditos dos cartões de Vale-transporte (VT) e do Cartão Mobilidade terão validade de um ano, a partir da data em que o usuário fizer a recarga. A medida da Secretaria de Transporte e Mobilidade está de acordo com decreto do GDF e foi regulamentada pela Portaria nº 35/2002, que entra em vigor no próximo dia 2 de março.
De acordo com a regra, os créditos que completarem 12 meses e não forem utilizados perderão a validade. Para saber as datas de vencimentos dos créditos dos cartões, os usuários podem verificar por meio do Aplicativo do BRB Mobilidade, disponível nas lojas de aplicativos na internet. No App do banco, é possível obter o extrato com o saldo do cartão e as datas em que foram feitas as recargas. A recarga que completar um ano sem ser utilizada, contando da data de aquisição, perderá a validade.
“Os cartões ativos no Sistema de Bilhetagem Automática (SBA) possuem cerca de R$ 8 milhões em créditos que estão sem movimentação há mais de um ano”, informou o secretário da Semob, Valter Casimiro, em entrevista nesta terça-feira (8) ao canal CB Poder, do Correio Braziliense. Segundo o secretário, esses recursos poderão ser utilizados para a manutenção do equilíbrio econômico do sistema de transporte, que contribui para evitar o aumento das passagens.
“O estudo que temos mostra que hoje, ao todo, o montante dos créditos com mais de um ano no SBA soma mais de R$75 milhões”, explicou o secretário. “Há quase R$ 45 milhões em cartões de Vale-Transporte que nem foram transferidos para os cartões, porque os titulares não passaram os cartões no validador para carregar a quantia depositada pelas empresas. Outros R$ 22,5 milhões são saldos expirados do VT, além dos valores referentes ao Cartão Mobilidade”, detalhou Casimiro.
De acordo com o secretário da Semob, O GDF utiliza o equilíbrio econômico do sistema para manter a passagem do transporte coletivo mais acessível no Distrito Federal. Ele explicou que o custo do transporte público é pago em parte pelo usuário e o restante pelo GDF, que paga também as gratuidades oferecidas aos estudantes e pessoas com deficiência.
“Cerca de 30% do custo do sistema são referentes ao Passe Livre Estudantil e outras gratuidades. O restante se refere ao que o GDF gasta para manter as passagens acessíveis”, explicou Valter Casimiro. “O aproveitamento dos créditos dos cartões que estão em desuso vai reduzir as previsões orçamentárias da Semob para realizar o aporte do GDF na manutenção do sistema”, afirmou.